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Empresário Entrega a o esquema ao relata a Polícia Federal que tudo na Prefeitura de Ji-Paraná funcionava na base de propina

Empresário Entrega a o esquema ao relata a Polícia Federal que tudo na Prefeitura de Ji-Paraná funcionava na base de propina

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O empresário Adão Dutra de Carvalho (Adãozinho) da empresa Santos & Carvalho Ltda – ME, relatou a Polícia Federal de Ji-Paraná que na Prefeitura de Ji-Paraná/RO tudo funcionava na base de exigência de propina da parte de Jair Eugênio Marinho, secretário de Municipal de Administração na gestão do prefeito Jesualdo Pires Ferreira Júnior (PSB).

O Global Notícias teve acesso ao relatório da Polícia Federal de 12/12/2019 enviado ao Ministério Público Federal de Ji-Paraná, que constam o depoimento do empresário Adãozinho, que relatou a PF que “ele (Jair Marinho) exigia propina de todos os empresários. Que o valor dessas propinas era de 10% (dez por cento) do valor bruto da obra contratada. Se não houvesse o pagamento da propina exigida, não havia contratação e também o processo não andava e, portanto, não havia pagamento. ”

Adãozinho disse ainda que “toda liberação de pagamento era realizada mediante prévio contato com Jair Eugênio, sendo que todos tinham que passar pela sala dele para “pedir a benção”, ou seja, era ele quem mandava na prefeitura e quem liberava os pagamentos. ”

O empresário confirmou em depoimento prestados a PF que teve que pagar R$ 15.000,00 (quinze mil reais) adiantados a Jair Marinho, em mãos, na sala dele, na prefeitura de Ji-Paraná, que a exigência da propina adiantada dizendo que tinha contas a acertar.

Para Adãozinho pagar a propina cobrada por Jair, teve que inclusive que pegar dinheiro emprestado para pagá-lo.

O empresário Adãozinho teve que deixar a licitação da obra do Parque Ecológico (Concorrência nº 002/15/CPL/PMJP/RO (SEMETUR/SEMPLAN), e por isso, foi recompensado por Jair Marinho com a obra de reforma e ampliação do CMEIEF Parque dos Pioneiros (Tomada de Preços nº 022/15/CPL/PMPJ/RO).

Jair cobrou a propina adiantada segundo relatou Adãozinho, mas cancelou a obra da escola Parque dos Pioneiros posteriormente e sequer chegou a firmar o contrato e dar início a essa empreitada.

A investigação da Polícia Federal de Ji-Paraná foi iniciada em 29/07/2016 com a instauração do Inquérito Policial nº 110/2016, para apuração dos crimes supostamente praticados por uma organização criminosa liderada por Jair Eugênio Marinho, ex-secretário de Administração do Município de Ji-Paraná, e formada por funcionários públicos e empresários, que, por meio de fraudes e direcionamento de licitações teriam desviado recursos públicos federais/estaduais e municipais destinados ao referido município e o termino foi em 12/12/2019.

 

A PF batizou a investigação de Pedágio pois era como os integrantes da ORCRIM chamavam a propina cobrada dos empresários para participar do esquema de direcionamento de licitações na Prefeitura de Ji-Paraná/RO. 

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